Humildade e Boas Maneiras para o Cristão
Foco em Ações Justas e Gentis: O objetivo não deve ser realizar "grandes ações", mas sim ações justas, gentis, mansas e abnegadas. Não há verdadeira nobreza sem essas ações.
Humildade vs. Orgulho na Associação: É um sinal de humildade associar-se com inferiores, colocando-se em pé de igualdade. Contudo, preferir a companhia de inferiores para receber mais deferência ou ser o líder do grupo é motivado pelo orgulho.
Insatisfação com o Estado Atual: A humildade não nos leva a subestimar nossas energias morais (ajudadas pela graça), mas sim a desprezar os feitos alcançados e continuar servindo, indo além.
Perspectiva Correta: Devemos ser humildes não pelo que temos, mas pelo que poderíamos ter. A humildade sincera diante do homem só pode surgir da humildade diante de Deus.
Perigo de Perder a Disparidade com Deus: Ao perder de vista a disparidade entre a Perfeição Infinita de Deus e nosso próprio caráter moral, corremos o risco de nos exaltar diante dos outros.
Exaltação Falsa de Outros: Podemos exaltar indevidamente nosso próximo a um padrão falso (veneração exagerada), o que indiretamente nos eleva a um patamar que nos faz agir como se fôssemos iguais ou superiores a ele.
Orgulho em Relação às Coisas: A falta de humildade perante Deus não gera apenas arrogância para com os homens, mas também presunção quanto às coisas (superestimar as próprias faculdades).
Manifestações da Presunção: Pessoas que se jactam de qualquer coisa ou se julgam superiores ou elite ou que já atingiram a perfeição sem pecado, manifestam presunção e são sempre desagradáveis.
Padrão de Comparação Errado: Todas as formas de arrogância e presunção são geradas ao usar os outros como padrão de comparação, em vez de usar o padrão que Deus distribuiu (o que Paulo adverte).
Sacrifício da Abnegação: Quem se orgulha de fazer apenas "ações nobres" não está disposto a fazer o que exige o sacrifício do seu orgulho (submissão, perdão, abnegação).
Humildade Externa é Necessária Socialmente: É preciso observar as formas exteriores de humildade para que o convívio social seja tolerável, neutralizando o orgulho, a vaidade e a inveja mútuos.
Dever Cristão da Humildade Intrínseca: O dever peculiar dos cristãos é exercitar a humildade intrínseca (real), que transforma as formas externas em verdadeiras expressões de sentimentos internos.
Sinceridade: O cristão não pode ser sincero sem ser verdadeiramente humilde — não basta apenas parecer humilde. A sinceridade exige que ele aja conforme sua consciência, mesmo que isso signifique abrir mão de certas formalidades sociais. É mais importante seguir o que você sabe ser certo do que simplesmente agradar aos outros ou cumprir rituais vazios de polidez. Porém, há uma distinção importante: se você deixar de fazer uma cortesia por sinceridade (porque seria hipocrisia fazê-la), isso é válido. Mas se o motivo for orgulho ou ódio, então você está errando. Ao mesmo tempo, mesmo quando sua consciência permite ser honesto sobre seus sentimentos, a fé cristã deve orientar sua conduta de forma que você nunca manifeste sentimentos malignos ou hostis no seu comportamento.
Ato de Humildade na Adversidade: Humilhar-se diante de um inimigo, mesmo magoado, é um ato de generosidade e sabedoria que desarma o ódio e prioriza a paz.
Ato Fundacional da Humildade: A verdadeira humildade reside apenas no coração daqueles que se arrependeram de sua desobediência a Deus e confiaram em Seu Filho, o Salvador (contrição evangélica).
Cultivo da Humildade: Para cultivar a humildade, deve-se revisar frequentemente as próprias más qualidades e compará-las com as perfeições de Jesus Cristo. Veja exames de consciência para preparar uma boa confissão no Blog Malum ou na Série de e-books Malum. Clique aqui e saiba mais.

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